Meu filho está crescendo tão rápido quanto seus cabelos. Rapidez também na capacidade de armazenar informações e conhecimentos. É uma cabecinha em franca expansão. Ele não é genial, apenas uma criança curiosa e bem enquadrada aos apelos do seu tempo.
Algumas vezes, me pego pensando que essa linda e divinal criatura (entendam, não porque é meu filho, mas por ser a expressão perfeita da natureza) se desenvolverá em um mundo estéril. Apenas com contatos rápidos e superficiais com a terra, a grama, pequenos insetos, animais, areia, água e tantos outros elementos. Acho que vai crescer sem nunca ter tido as unhas sujas de barro, as pernas e cotovelos arranhados ou ainda alguns pequenos cortes, bem se vê que isso são coisas do meu tempo de moleca.
Imaginem que até o parque que ele frequenta no clube da cidade é de grama sintética. (fiquei horrorizada)
Bom mesmo, era ficar o dia todo pelo quintal em busca de aventuras. Quem nunca fez experiências com produtos de limpeza da mamãe, colocando formigas ou minhocas dentro do detergente para ver o que dava. Fazer bolinho de água com barro nas panelinhas e enfeitá-los com florzinhas e folhas arrancadas do jardim. Brincar com pintinhos, era muito comum no meu tempo, qualquer evento que existia eles davam pintinho para molecada, sendo que na feira (coisa milenar, forma mais primitiva de comércio) também vendia patinhos, sempre que podia trazia algum para casa.
Bom mesmo, era ficar o dia todo pelo quintal em busca de aventuras. Quem nunca fez experiências com produtos de limpeza da mamãe, colocando formigas ou minhocas dentro do detergente para ver o que dava. Fazer bolinho de água com barro nas panelinhas e enfeitá-los com florzinhas e folhas arrancadas do jardim. Brincar com pintinhos, era muito comum no meu tempo, qualquer evento que existia eles davam pintinho para molecada, sendo que na feira (coisa milenar, forma mais primitiva de comércio) também vendia patinhos, sempre que podia trazia algum para casa.
Sem esquecer, é claro, dos gatos e cachorros que eram sempre introduzidos na família e rapidamente reencaminhados o que é hoje politicamente correto.
No meu caso, cheguei também a ter um hamester, era uma graça, só minha mãe é que não achava, vai saber porquê? KKKKK.
No calor brincava com água, com o delicioso espirrador, hoje ele tem uma pistola d'agua com pressão modelão século21.
Fazia cabana com cobertores e lençois sustentada por cadeiras. Agora, o pequenito tem a barraca bem estilizada do Ben10, tudo pronto, que graça tem? Só ele sabe ou talvez eu é que não entendo...
Andava de bicicleta e colocava um pedaço de plástico preso com pregador no aro para fazer um barulho diferente. As melhores brincadeiras eram na rua, junto aos vizinhos amigos. Queimada, pega-pega, taco, esconde-esconde, mãe da rua, pular corda, e até o audacioso beijo, abraço, aperto de mão e tantas inumeráveis brincadeiras de toque bem humano ou seja sem o outro a bricadeira não acontecia. Já a minha figurinha modelo 21 pertence a toda uma imensa geração de filhos únicos e "brincar sózinho" ou com adultos é aceitável.
O meu rebento século 21, já pensa e manipula sózinho, com uma certa dificuldade, (dada a pouca idade) jogos e até programas no cérebro eletrônico: o paint é um deles.
As máquinas e toda tecnologia disponível já pertence ao seu mundo, assim como as bolas para gente como eu, do século passado.
Grande parte do tempo o meu garoto passa em ambientes fechados, quer seja dentro de casa, nos shoppings, na escolinha, piscina coberta e assim por diante....
Recentemente, os bichos foram vistos ao vivo e a cores quando estivemos no zoológico e parece que não foi assim tão interessante quanto para os pais babões do século 20.
Percebi que o aquário foi mais atrativo, afinal se parece com uma tela gigante.Coisas de gente do século 21.
Ps:Continuamos insistindo para que ele conheça todas as maravilhosas brincadeiras do século passado, afinal sabemos o quanto era bom!!!!!!