terça-feira, 20 de abril de 2010

ANIVERSÁRIO

Fazer aniversário é inevitável assim como o ar que respiro, claro até a danada me chamar para a terra dos pés juntos. Sinceramente espero que demore mais um bom tempo.
Entretanto, amanhã não vai ter festa no ap, nem muito menos bundalelê. Amanhã só quero saber de acordar e viver como um outro dia qualquer , bom pode até ser que eu invente alguma coisinha que me traga prazer como tomar uma taça de prosecco ou um frisante, mas é só isso.
Aliás, amanhã é um dia qualquer, embora seja feriado nacional. O feriado é para outro, o Sr Joaquim José da Silva Xavier que também atendia pela alcunha de Tiradentes. Explicado o feriado para quem conhece o mínimo de história.
Como uma despretensiosa convicta, não fiz nada que entrasse para a história, sequer consegui cumprir com as três máximas da vida: Tenha um filho, plante uma árvore e escreva um livro. Bom, tudo a seu tempo, quem sabe nas próximas 04 décadas, quem sabe?
Resumindo, parabéns para você nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida.....

Ah!, já ia me esquecendo de agradecer aqueles que de alguma maneira participaram da minha vida nesse último ano e a tornaram mais graciosa.
É fazer aniversário talvez seja exatamente isso:
A G R A D E C E R !!!!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Roupas no Varal


Se há uma coisa que me emociona são as roupas secando no varal. Parece uma bobagem, mas tem seu romantismo. Tenho em minha memória as roupas secando ao vento em um quintal de gramado bem cuidado e verdinho. Na verdade, as roupas também eram bem cuidadas, lavadas pelas mãos delicadas e dedicadas das donas de casa que tinham orgulho do trabalho bem feito. Quanto as roupas brancas isso era um capítulo à parte, verdadeiras bandeiras brancas tremulando ao vento em sinal de paz. Era realmente tempo de paz. Sem falarmos na presença providencial e vital do sol banhando, iluminando e aquecendo à tudo e todos. As crianças correndo no quintal com toda liberdade da natureza infantil, enquanto as mulheres, mães, donas de casa cuidavam da casa, da prole e do marido com todo zelo e despretensiosas.
Nesse contexto, há mais mansidão, carinho e sapiência. Contrariamente, hoje a máquina de lavar, objeto essencial, para nós donas de casa, se pensarmos bem, é algo tosco, chega a ser truculento. Coisa de moradores de pequenas cavernas entulhadas de objetos pretensiosos que fazem as vezes do trabalho delicado das mãos e do sol entre outras coisas. Ainda secamos todas as roupas longe do magnífico e democrático Astro Rei e dos "românticos" varais. Esses ocupantes das referidas "caverninhas" são moradores pálidos na tez e levando uma vida igualmente pálida. Sempre pretendendo, sempre correndo, sempre competindo. Longe das roupas no varal, sem a grama verdinha, longe do vento, longe do sol...
Nada me ocorre a não ser que hoje estamos sempre na sombra ou estamos sombrios ou até mofando como roupas que não secam no varal.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Discoteca do Chacrinha

A mulherada dançando e rebolando com suas pernas gordas, quadris imensos e celulites à vontade. Hululando em nossas caras nas tardes de sábado, bacalhau voador, "melancias e outras frutas" não faziam espetáculo sexual, elas eram sim, atiradas e consumidas pelo público que se deleitava com a brincadeira.
Não sei explicar, mas não era apelativo, não ofendia, era divertido, ingênuo.
Desde a vovó até os pequenos assistiam a tudo, era um programa da família.
Muitas cores, muita música, platéia tão debochada quanto o apresentador, espontaneidade era a marca registrada.
Os artistas, grandes nomes da música brasileira, vinham despidos de sua arrogância e entravam na brincadeira do velho guerreiro e suas bundas hululantes (chacretes). Era pura alegria!
Figurinhas carimbadas ajudavam no palco e faziam parte do espetáculo multicolorido, multishow.
O programa "rescendia", a FELICIDADE (se é que pode se sentir o cheiro no ar e pela tv)
Sem esse chororô chato dos programas atuais com esse apelo sentimentalista e principalmente materialista.
O retrato do povão, sem maquiagem, sem essa de paternalismo com doações de casas, carros, móveis ou qualquer outra coisa. O que se doava era a alegria.
Banguelas, cafonas, gordões, vermelho com roxo, carecas, magrelos, descabelados, mal ajambrados, todos tinham seu dia de glória na platéia, no palco ou apenas assistindo ao "velho" do outro lado pela tv.
Isso é o que chamo de comunicação, sem ruído, é o que o povo precisava e precisa.
Algo de puro entreterimento, a mensagem era dada para as donas de casa,(Roberto Carlos) o filhinho,(cores, música e palhaçada) o papai (bundões gordos) todos de alguma forma encontravam distração com o programa.
Afinal, quem não se comunica se estrumbica!!! Não é Therezinha? Roda roda roda e avisa um minuto pros comerciais.....
Deu para perceber que eu sou fã do ABELARDO BARBOSA, mas quem não é?