segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA




Hoje o dia amanheceu silencioso e meu coração se tornou um imenso estádio vazio, meus cabelos parecem papéis voando por entre as cadeiras. Não há mais a esperança do gol inesquecível e do gesto do jogador beija flor com as mãos no ar. Tudo que ficou é a lição de casa para ser bem feita com cuidado, paciência e determinação para realmente aprendermos.
A realidade que nos espera não é das mais fáceis e apenas o bom humor e a irreverência do brasileiro não pode resolver. É hora de colocarmos toda nossa alegria voltada para as devidas reformas, refletidas em questões de ordem social, econômica e política. O momento como acabamos de aprender vai precisar não só de improviso ou habilidade, carece sim de preparo, envolvimento, prática, técnica e fundamentalmente de ÉTICA.
Esperamos sim, um país de samba, carnaval, futebol e competência econômica, social e política. Por que não?
Esperamos a bola na rede, o feijão no prato, saúde no sorriso, educação para as cabeças, trabalho para os braços e dignidade nos corações da nossa gente.
Enfim, a COPA se foi e o grande  GOL começa agora com as devidas reflexões.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pílulas



Lexotan, Fluoxetina, Rivotril, etc...
Cabe aqui uma consideração prévia: Isso não é uma apologia aos medicamentos citados. Me perdoem aqueles que dedicam-se à uma vida médica e conhecem com mais profundidade o assunto, mas, como uma vez impaciente paciente não vou me furtar a expressar a minha opinião.
Para mim, sempre restará a dúvida quanto ao emprego desses recursos médicos, por outro lado, é bem verdade que quando procuramos um consultório queremos o imediatismo, a cura milagrosa, ou uma receita mágica escrita em forma de "inintelegíveis garatujas pré históricas" que nos afaste da tristeza.


Sua vida "parece" estar salvaguardada em uma pílula, parece que nada o atingirá, suas tristezas, seus anseios, suas verdades estarão afastadas, longe do enfrentamento
Um sono mentiroso, um relaxamento forçoso, seus pensamentos embotados. Que fique claro e ressalte-se que é um lenitivo para um curto espaço de tempo, onde cria-se a possibilidade de reorganizar as emoções e colocar a vida nos trilhos.
A questão deve ser minuciosamente tratada afastando a dúvida se existe um marcador biológico ou algo temporário (ainda que moroso).
O ser humano é naturalmente ansioso e instável emocionalmente. Não passamos pela vida sem acidentes, nada é linear nesse aspecto.
Penso hoje, que a orientação inicial deve ser pautada longe da medicamentosa com a propositura de outros recursos menos acorrentadores.
Esgotar diferentes esforços e medidas terapêuticas: atividade física, espiritualidade, terapia, massagens, hobbies, voluntariado e outras tantas ferramentas gratificantes e inspiradoras.
Ainda que com a administração correta e orientada por um profissional, resta sempre o medo, o preconceito, a vontade de jamais se fazer frágil diante do imponderável.
Enfim, antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, sossega-leão, não importa, são absolutamente necessários quando muito bem avaliado o binômio custo-benefício.