sexta-feira, 25 de junho de 2010

ROBERTA FABRIZIA

Roberta é uma daquelas figuras que se não fosse pelo perfil romano, há que se falar da personalidade do seu nariz, seria reconhecida pela sua impressionante capacidade de envolver as pessoas em suas histórias debochadas. Essa figuraça sempre está enredada ou testemunhando alguma "gafe". Incrível mas ela não perde uma ! Tudo vira uma grande história dramatizada em seus gestos largos recheados de gargalhadas. É implacável, desde tropeços de breacos que soltam as frangas em reuniõezinhas caseiras, até refinadas festas onde as "senhoras" perdem suas próteses capilares e a compostura.
Dia desses, nossa amiga Roberta, meio que por acaso foi dar em uma dessas festas de bacana, uma cobertura muito bem decorada, "gentes chiques" disse ela.
Na festinha, pessoal meio tontinho das champanhotas, frisantes e outros birinaites, música rolando alto e ela dançando feito um perú de véspera (diga-se bêbado), ou seja o processo já todo instaurado. De repente, num lampejo de sobriedade Roberta olha para um dos garçons e percebe que o cabra estava tirando a camisa, equilibrando a bandeja e de quebra requebrando os quadris.
Sem as austeras vestimentas de garçon, ela notou que os moçoilos eram de diversas etnias: afro descendentes, orientais, nativos, caucasianos ao gosto do freguês.
Até então, era exigir demais de sua capacidade de discernimento, foi quando aí....Uma íncrivel luz iluminou seu cérebro. Ela estava numa roubada.
Das duas uma: ou ela ficava e aproveitava a bandalheira ou corria dali até perder o folêgo. Escolha feita: dançou até o raiar do dia, "fotografando" todos os micos dos presentes. Diversão garantida para ela e para nós com mais uma de suas histórias.
As senhoras de reputação ilibada atacaram o peitoril, a traseira e outras partes dos "serviçais" e passaram a dançar muitíssimo desinibidas o rebolation e outras coreografias que só valem a pena se ela, Roberta , contar pra gente rir.
Escrevi isso porque uma colega de trabalho me disse que eu estava gorducha e lembrei que existem algumas pessoas especiais que gordinhas, esquálidas, carecas ou cabeludas, a gente quer sempre ter elas por perto, porque nos fazem felizes, são leves e livres do pecado.
Bom, para arrematar, ainda que duvidem, além de festeira convicta, Roberta Fabrizia como se não bastasse é linda como a música do Caetano, uma fonte inesgotável de energia, mãe judia daquelas, esposa companheira e amiga que faz falta em todas as ocasiões, desde velórios até as já decantadas festinhas.
(E quanto a minha colega de trabalho mineirinha, não vou prometer pra ocê que emagreço, mais vou me esforçar, tá Tobinha?)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Exames de Rotina


Hoje fui fazer meus exames de rotina. Se existe algo chato são esses exames femininos, me sinto um frango no espeto.
Acaso, não se lembram da famigerada posição do coitadinho com as perninhas abertas no espeto, rodando com aquele fogo do inferno, torrando tudo. Pior que isso com todo mundo vendo. Geralmente a assadeira, também conhecida como tv para cachorro, fica nas calçadas. Prática muito usual nos bairros periféricos. Mas,voltando aos exames, você fica tão fragilizada e exposta tal qual nosso amigo frango, vejamos:
Sempre há o constrangimento em ficar nua ou semi nua na presença de um estranho, no caso o médico. Ainda que "coberta" por aqueles camisolões que deixam toda a traseira de fora, quando não as mamas. Fico chateada com a vestimenta ridícula e preocupada com a aparência se é que se pode ter esse tipo de preocupação, afora os problemas de ordem fisiológicas que teimam em aparecer nesses momentos.
As salas dos exames são sempre escuras, graças á DEUS e a tecnologia, claro. Num primeiro momento sou colocada em pé e tenho as mamas pressionadas sob um aparador gelado que só, aí vira para esquerda, depois para a direita, depois espera para ver se as imagens ficaram boas , repete-se tudo de novo e note-se a sala é um gelo e vc está semi nua, louca para sumir dali.
Terminado o primeiro embate, parte-se para o 2º round, deita-se em uma maca , onde uma enfermeira "gentil" em um ato mecânico coloca seus quadris nus encima de um travesseiro, enquanto aguarda o médico que entra e mais uma vez, graças á DEUS nem olha na sua cara de tonta. Observo de soslaio o procedimento e vejo que o DR coloca um preservativo, ressalte-se no instrumento, não dele, mas da geringonça hightech que consegue visualizar com precisão toda o meu aparelho reprodutor, útero, ovários, trompas etc...
Findo esse exame, passo ao terceiro e último round, deito-me em uma cama em posição ginecológica ou seja com as pernas abertas e mais uma vez nua, onde delicadamente introduzem, sei lá o quê , preciso me atualizar em instrumentação cirúrgica, e colhem material para análise. Me levanto toda desengonçada da mesa, na verdade, querendo voar dali e saio rapidamente para alcançar a rua.
Já em segurança caminhando, pensei que mulheres como as minhas avós jamais estiveram em situação similar e viveram décadas sem o assombro da prevenção. Por outro lado, me sinto aliviada em saber que só farei os exames no próximo ano, mas confesso que sempre algo fica martelando: Viveremos mais e melhor por conta disso? Bom, para toda a regra existem suas exceções....Infelizmente conheci algumas, daí o questionamento "to be or not to be".
Ah!! quanto aos resultados foram os melhores !!!!!!