quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O PÊLO NO OVO



"O primeiro pêlo branco a gente nunca esquece".



Pêlos não são como os desejáveis cabelos, mas os temos e ainda aqui em pleno século XXI não aprendemos a conviver com eles e nem tão pouco a eliminá-los. 
O pêlo incomoda a humanidade, aparece mais arrasador que um elefante em uma plantação de morangos. Alimentamos aversão aos pêlos durante toda nossa existência.
É horrível vê-los brotando como samambaias nas orelhas masculinas ou saindo como labaredas pretas pelo nariz. Sem minimizar as tantas e outras partes do corpo onde aparecem soberbamente sem pedir licença e atestando um  passado símio.
Definitivamente a prova cabal e inconteste da velhice é a presença daquele primeiro pêlo branco, seja ele no rosto ou ainda no extremo sul das partes íntimas mais conhecida como área pubiana.
Não dá para colorirmos o maldito; é o que podemos chamar de indefectível.
Clareando o argumento :
Lembro-me de uma "moçoila" lindamente montada com redondas próteses de silicone no peitoril, barriga esticada com um bueiro ao centro dando lugar ao que foi o umbigo, o  rosto contudo, colocava todo o empreendimento a nocaute, via-se descansando tranquilo e solene um pêlo branco em seu queixo esculpido a marteladas plásticas.
Que coisa! lá estava ele aterrorizando os anseios joviais da "moçoila".
Também os veteranos que mantém à tinta o ébano nos poucos fios de cabelo que os acompanham, são denunciados duramente por eles: os valentes pêlos brancos que insistem em aparecer nos sobrolhos e outras partes impublicáveis.
Enfim, não quero colocar pêlo no ovo de ninguém, mas ;
Pêlos para quê tê-los ?