quinta-feira, 26 de setembro de 2013

FILÓSOFAS


Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem


Esperanças viçosas em uma folha verde de rúcula e retorcidas lembranças de uma cenoura mumificada no canto da geladeira, futuro, passado. 
A VIDA segue nas partículas de poeira que hipnotizam flutuando no ar e os olhos as acompanham pela fresta de luz prateada que invade o quarto.
Entre um copo na pia e uma camisa no tanque, nesse exíguo momento entre a transpiração e o devaneio é que surgem algumas constatações óbvias do cotidiano e outras nem tanto. 
Algum tempo  do dia passamos em nossas casas, junto á família salvaguardando a vida dessa loucura que insiste em nos perseguir, no quintal, na sala ou no quarto de bagunça junto a um velho computador que guarda lampejos de lucidez.
Belos quadros nas paredes traduzidos nos vasos com flores de plástico. Incoerências de femininas coerências, disléxicas leituras do mundo varridas amiúde para debaixo do tapete. Entremeados entre os gritos rotineiros e as tardes silenciosas, espana-se saudades, suspirando alívios com uma esfregada na realidade. 
Inspiradas por um sorriso honesto aliado ao broto de feijão que aparece insistente na rachadura do piso.
Pequenas coisas em grandes realizações que tecem o dia de mulheres que partilham desses momentos de conhecimento, verdade, estética e existência.
Frações de sonhos, poesias e muita realidade.
Sim, pensamos porque sem isso não existiríamos.




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PROFESSORES





Nas grandes manifestações da década de 90 lembro de uma professora vestindo beca e carregando uma pequena lousinha com esses dizeres:"A educação está um quadro negro" 

Ironicamente quem deveria ser cordial, "educado" e polido vem se consolidando em uma figura amarga e muitas vezes destemperada. Nos corredores escolares não há mais um Bom Dia, reclamações infinitas recobrem o burburinho alegre e confiante que  havia na sala dos PROFESSORES. 
Depositários fiéis da esperança, de um futuro melhor, guardiões do conhecimento curvados e massacrados pelo discurso curtido de classes superlotadas, péssima remuneração, violência no exercício do trabalho e resultados justificados com o descompromisso.
A figura carismática do PROFESSOR passou a dar lugar a uma caricatura entulhada, perdida em uma montanha de papéis e desnorteada com os novos rumos da educação.
As escolas já não são mais o monopólio do conhecimento. Há muito perdeu-se a essência do que a escola representa: Inconstâncias entre informação, conhecimento, formalidades ou amparo social?
É por tudo que clamam, a todo momento, para sociedade o reconhecimento da profissão. É compreensível. 
Contudo, o mais triste desse panorama é que o profissional não se reconhece como importante o bastante para fugir desse estigma de descrédito que, talvez, tenha em muito contribuído, já que a escola é tão somente formada por PROFESSORES e o inverso inconteste.
Igualmente curioso é que alguns que discursam por uma escola de qualidade, condições salutares e dignas de trabalho, acabam jogando no chão sua postura, quando entregam a educação de seus filhos para a iniciativa privada.
Como em todas as profissões há os seus percalços e esses Formadores de opinião por natureza não estão atentos ao fato de que são pilares, vigas e tem em suas mãos todo o suprimento para escolherem novos caminhos e por que não "CAMINHOS SUAVES".    
Sem dúvida, a importância , a relevância do PROFESSOR, é essência para o desenvolvimento de uma nação, preservação de sua cultura, soberania e garantia para um MUNDO MELHOR e para isso a reflexão dos profissionais ou melhor da "profissão em si" urge como condição sine qua non do RESGATE DA SUA CONFIANÇA.