domingo, 22 de dezembro de 2013

2013


 
O planeta cumpri mais uma volta entorno da estrela sol. O ano passou, foi um ano ácido, indigesto, cheio de provações, a vida se mostrou exatamente como ela é: crua, tosca, bruta pronta a ser delapidada por quem tiver força e coragem para transformá-la em diamante.
No frigir dos ovos, diante das pedras, diante das provas que se renovavam incessantemente segurei a promessa inicial de que nada iria me derrubar.
Mantive a bola rolando, ás vezes o gramado não era verdinho, muitas bolas na trave, a torcida não colaborava, o time estava desmotivado.
Bolas na área sem ninguém para cabecear.
Outras vezes, vieram as chuvas, o juiz ladrão insistia em não dar o pênalti, mas fui para cima e continuei jogando determinada em levar a melhor até a final.
A equipe manteve-se unida nos momentos cruciais, o TÉCNICO, esse foi um história á parte, na verdade ele quem definiu toda a estratagema do jogo. Antes na arrogância acreditamos que fazíamos e decidíamos tudo sózinhos na ponta dos pés. Ele então mostrou em sutilezas "DIVINAS" toda a sua força sem a qual não teríamos chegado até aqui.
Na grande final, estádio lotado, um minuto de silêncio para aqueles que se foram e deixaram  saudades. Vêm o apito e a gorducha rola lépida e faceira para alegria da torcida que grita calorosa e incentiva a equipe e aí então o inesperado  GOOLLLLLL !!!!!! GOOOLLLL!!!!!!
Em  um imenso abraço todo o estádio unido comemora a vida que se renova, deixando as diferenças esquecidas no corner. 
O futebol, a bola da VIDA é uma caixinha de surpresas...
No vindouro, ano de Copa do Mundo paixão dos brasileiros seja a Copa dos Vencedores na Alegria e na Tristeza, na Saúde e na Doença, na Riqueza e na Pobreza. 
Sejam desfraldadas nos estádios e nos corações as bandeiras da Paz, da Igualdade, da Fé, do Amor á Vida, do Caráter e da Dignidade.
E assim venham 2014.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

FILÓSOFAS


Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem


Esperanças viçosas em uma folha verde de rúcula e retorcidas lembranças de uma cenoura mumificada no canto da geladeira, futuro, passado. 
A VIDA segue nas partículas de poeira que hipnotizam flutuando no ar e os olhos as acompanham pela fresta de luz prateada que invade o quarto.
Entre um copo na pia e uma camisa no tanque, nesse exíguo momento entre a transpiração e o devaneio é que surgem algumas constatações óbvias do cotidiano e outras nem tanto. 
Algum tempo  do dia passamos em nossas casas, junto á família salvaguardando a vida dessa loucura que insiste em nos perseguir, no quintal, na sala ou no quarto de bagunça junto a um velho computador que guarda lampejos de lucidez.
Belos quadros nas paredes traduzidos nos vasos com flores de plástico. Incoerências de femininas coerências, disléxicas leituras do mundo varridas amiúde para debaixo do tapete. Entremeados entre os gritos rotineiros e as tardes silenciosas, espana-se saudades, suspirando alívios com uma esfregada na realidade. 
Inspiradas por um sorriso honesto aliado ao broto de feijão que aparece insistente na rachadura do piso.
Pequenas coisas em grandes realizações que tecem o dia de mulheres que partilham desses momentos de conhecimento, verdade, estética e existência.
Frações de sonhos, poesias e muita realidade.
Sim, pensamos porque sem isso não existiríamos.




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PROFESSORES





Nas grandes manifestações da década de 90 lembro de uma professora vestindo beca e carregando uma pequena lousinha com esses dizeres:"A educação está um quadro negro" 

Ironicamente quem deveria ser cordial, "educado" e polido vem se consolidando em uma figura amarga e muitas vezes destemperada. Nos corredores escolares não há mais um Bom Dia, reclamações infinitas recobrem o burburinho alegre e confiante que  havia na sala dos PROFESSORES. 
Depositários fiéis da esperança, de um futuro melhor, guardiões do conhecimento curvados e massacrados pelo discurso curtido de classes superlotadas, péssima remuneração, violência no exercício do trabalho e resultados justificados com o descompromisso.
A figura carismática do PROFESSOR passou a dar lugar a uma caricatura entulhada, perdida em uma montanha de papéis e desnorteada com os novos rumos da educação.
As escolas já não são mais o monopólio do conhecimento. Há muito perdeu-se a essência do que a escola representa: Inconstâncias entre informação, conhecimento, formalidades ou amparo social?
É por tudo que clamam, a todo momento, para sociedade o reconhecimento da profissão. É compreensível. 
Contudo, o mais triste desse panorama é que o profissional não se reconhece como importante o bastante para fugir desse estigma de descrédito que, talvez, tenha em muito contribuído, já que a escola é tão somente formada por PROFESSORES e o inverso inconteste.
Igualmente curioso é que alguns que discursam por uma escola de qualidade, condições salutares e dignas de trabalho, acabam jogando no chão sua postura, quando entregam a educação de seus filhos para a iniciativa privada.
Como em todas as profissões há os seus percalços e esses Formadores de opinião por natureza não estão atentos ao fato de que são pilares, vigas e tem em suas mãos todo o suprimento para escolherem novos caminhos e por que não "CAMINHOS SUAVES".    
Sem dúvida, a importância , a relevância do PROFESSOR, é essência para o desenvolvimento de uma nação, preservação de sua cultura, soberania e garantia para um MUNDO MELHOR e para isso a reflexão dos profissionais ou melhor da "profissão em si" urge como condição sine qua non do RESGATE DA SUA CONFIANÇA.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O Velório




Naquele dia parecia estar dentro de um dos livros de Érico Veríssimo, o fantástico Incidente em Antares.
Amanheci com uma sensação estranha no peito, angustiada, com medo, sei lá. Ainda na cama o telefone tocou e uma prima avisa que um tio havia deixado essa, subido no telhado, ido para os céus enfim.

Já havia uns meses que estava com meu pai adoentado e alguns dias que ele morava conosco. Permeava um clima de apreensão e cuidados com sua saúde, embora o velho, ressalte-se,jamais emitiu um muxoxo qualquer em razão da sua precariedade física. Contrariamente,como era de se esperar manteve-se sereno e otimista. Ama a vida.

Durante algumas horas fiquei hesitante entre ir ou não ao velório. Velório é algo que me causa desconforto, nunca sei para quem olhar, como me dirigir aos familiares e pior que isso me sinto como se eu mesma estivesse sucumbindo. É horrível.

Minha mãe também não gostava dessas coisas; funeral, enterro acredito que herdei isso de família.

Como se não bastasse, na hora do almoço, o meu velho recebe uma ligação de um amigo que noticia o falecimento do seu pai, constato então que realmente o dia não iria ser fácil. Uma nuvem negra pairava sobre minha cabeça.

Meu papai, sabendo da minha relutância em comparecer a esse tipo de "evento" permanece em silêncio, mas  sei que ele com sua educação mais conservadora, considera relevante a presença de algum membro da família.

Então, sem pensar muito, me prontifiquei a representá-lo junto aos amigos e familiares dos finados. Curiosamente os velórios eram lado á lado e lá fui eu reticente com um pé aqui e outro há milhares de quilômetros de distância que é onde queria estar.

No velório do tio durante o palavreado de uma senhora que aos céus encomendava-lhe a alma, passei a sentir uma sensação de paz e compreensão existencial.
(despretensiosamente, é claro)

Depois, dirigi-me ao velório vizinho, procuro o amigo do meu pai, o vivo e não o morto, e qual o quê, me deparo com uma figura de olhos bem azuis que vertiam muita água e um bafo de pinga que só vendo. Fico penalizada, agora pelos dois: o vivo e o morto.

Findado os protocolos não havia mais sentido na minha presença ali e furtivamente alcancei aliviada a rua. Já no carro comecei a repisar uma promessa de Ano Novo: Esse Ano vai ser meu, nada vai me derrubar.

Aí ao invés de voltar para casa sorumbática macambuzia, me dirigi ao salão de cabelereiro e me deixei levar ouvindo prosopopéia para boi dormir e outras futilidades.

Abandonei os cabelos desgrenhados e as olheiras que concorriam com os defuntos. Repentinamente a nuvem negra se dissipou dando lugar a um azul igualzinho aos olhos do pinguço.
Sobrevivi...


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mais um pensamento onde me encontrei, então gostei e postei.

"Quando a minha mente está calma, eu acesso uma confiança que é descanso e proteção. Uma fé genuína na preciosidade da vida. Sinto que tudo em mim se reorganiza, silenciosamente, o tempo todo. Que isso tem mais a ver com o meu olhar, com a natureza das sementes que rego, do que eu possa perceber."

(Ana Jácomo)

domingo, 21 de abril de 2013

A A A A A A A A A A A

ANNA LUZ MINHA VIDA.
ANTONIO PERNAS.
ANDRE VENTO NOVO.
AMORES AMORES AMORES
ANJOS      
AVES
AZUL
AMPLIO MAIS UM ANO
ABRIL EM FESTA
ANIVERSÁRIO É
ASSIM, COM LUZ CAMINHO CERCADA DE AVES E ANJOS POR ESTRADAS DE VENTOS ALVISSAREIROS.
AGRADEÇO.
ACHUI MARCIA
21/04/2013

terça-feira, 26 de março de 2013

Hoje dispenso as palavras porque meu coração não fala, apenas sente.
MARCIA APARECIDA ACHUI

sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA DA MULHER

Faço parte do grupo em que acredita que é absolutamente dispensável existir dia disso ou daquilo, uma vez que o respeito reside na prática diária, mas enfim como eu sempre gostei muito do ERASMO CARLOS (TREMENDÃO) que me parece mais sincero e humano que o seu tão louvado parceiro, resolvi postar uma canção de que eu gosto muito.




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

AMOR


"Não falo aqui de amor. O horizonte é muito amplo que me perco ao tentar explicar ou entender. A vida se encarrega de dizer tudo por mim."
M.A.A


Em verdade, eu nunca estive muito preocupada com o Amor, talvez sempre estive procurando outra coisa. Algo que me fizesse Bem. Por isso mesmo, no curso natural, no movimento do Universo, sem nenhuma intenção tudo foi acontecendo em meio as risadas que tanto me fazem bem.

Enfim, alguém achou graça das minhas bobagens e parece divertir-se com toda minha espontaneidade desvelada.

É algo como a Tranquilidade de acordar todas as manhãs, abrir o armário do banheiro e ver duas escovas de dentes com a cerdas desgastadas ou ainda no varal uma calcinha frouxa junto a uma cueca. Poder partilhar coisas tão prosaicas, é singular.

Estar descabeladamente confortáveis, soltar-se no infinito da casa, no seu reino de plantas feiosas e bagunças infantis.

Aperfeiçoar a Arte da conversa com muitas polêmicas, alguma filosofia de boteco, pareceres sobre o imponderável e é claro discussões homéricas.

Amigos Para Sempre, diversão antes de tudo, apoio para os revezes,  verdades entre uma crítica e o elogio, amizade concreta é o que para mim chama-se Fidelidade.

É Liberdade para se largar despreocupada por sobre o peito de alguém contando "casos, besteiras". Entre odores intrínsecos do corpo nem todos agradáveis, intolerâncias tolas, ir equilibrando a vida.

Afetos em forma de apelidos estúpidos ecoando no LAR de significados amplos mais que uma mera casa, já que vibra emoções de quem nele vive de verdade.

Mistérios que ainda tento compreender, talvez por isso que tudo não desmoronou, porque ainda não compreendo em sua totalidade e o inverso também seja verdade.

Esse Universo é o de quem não procura trocas, apenas sentir-se bem no lado á lado.
Eu não sei exatamente o que é, portanto, chamem do que quiserem.




Para quem juntamente comigo construiu um lar, me deu uma cordilheira de felicidades e preocupações(FILHO)e apesar, apesar de tudo e por tudo está aqui.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

EU NÃO INVENTEI A VIDA !!!



Eu não inventei a vida.
Eu não inventei a vida !!
Ela se mostra assim, é tão difícil aceitar, por quê? 
Desnuda, tosca, como um soco no estômago. Vibrante, tola e descompromissada como uma paina no ar. Depois da dor, depois da alegria, vem outra coisa, mas eu também não sei o quê? 
É medo??? 
-É medo. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

R.S.V.P



“RESPONDÉZ S´IL VOUS PLAIT”… é uma expressão Francesa que quer dizer “RESPONDA POR FAVOR”. 
Em uma ocasião recebi um convite onde os anfitriões em um lampejo de bom senso, pedia a confirmação de nossa presença no evento.
Realmente, acredito que  bom senso deve prevalecer, até mesmo por uma questão de economia e sustentabilidade, já que desperdiçamos muita energia material e emocional á toa, então organizar uma festa necessita de cuidados, senão vira uma várzea total, aliás coisa que eu gosto muito rsrsrsrsr.
Contudo, cabe aqui uma ressalva, estava em um dia, digamos gracioso e respondi educadamente da seguinte maneira:
Estamos confirmando nossa presença, segue a lista:
ANDRÉ, MARCIA E ANTONIO, não necessariamente nessa ordem...
CHIQUITA, PAQUITA E LUPITA (as baratinhas da casa)
NATÉRCIO ( o papagaio)
SPIKE ( o buldogue )
FILOMENA ( a lagartixa que vive na varanda e deve morar em algum vasinho)
CARLITO, PITUXO E ZUNZUM (os pernilongos)
CAGANIKA ( nosso cágado que vive na casa do meu pai)
SERÁ QUE EU ME ESQUECI DE ALGUÉM?
DE QUALQUER FORMA SE PRECISAR REVER A LISTA, ANTES DA DATA EU CONFIRMO.
Beijão p vcs e até lá para os folguedos comemorativos.


Ps: Até hoje não sei se a pessoa entendeu o meu gracejo, mas posso dizer que comparecemos ( não todos por uma questão de logística, é claro). Ah! a festa,  a festa estava ótima!!!!!