terça-feira, 25 de novembro de 2014

PHOTOS



Casal celebrando o final da 2 Guerra Mundial


Significados. Coisas raras.
Diante da imagem pode-se sentir o cheiro, rememorar cada pedaço do espaço, ver as cores que revestiam o momento, ouvir a música tocar, afoguear-se. Lê-se a história.
As PHOTOS eram assim. Provocavam sentidos, sentimentos calados.
Uma fração de luz eternizada. A piscada do obturador e o momento entra para a posteridade. Onda de saudade.
Tudo em profundidade, para além do cristalino atingindo o coração.
Estáticas, inexoráveis, imutáveis, inatingíveis e mesmo fortes, emocionantes. Marcam aquele pequeno flash, a faísca saída de um sorriso. O momento perfeito e único. "A tal da felicidade."
Em uma sobreposição do preto sob o branco acelerando em direção das cores da realidade de um mundo mais prosaico.
Na contramão desse prazer das PHOTOS, hoje anda instantâneamente milhares de imagens que se desfazem no branco da memória porque não cravam a essência da sua existência.
Sem significados. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O PÊLO NO OVO



"O primeiro pêlo branco a gente nunca esquece".



Pêlos não são como os desejáveis cabelos, mas os temos e ainda aqui em pleno século XXI não aprendemos a conviver com eles e nem tão pouco a eliminá-los. 
O pêlo incomoda a humanidade, aparece mais arrasador que um elefante em uma plantação de morangos. Alimentamos aversão aos pêlos durante toda nossa existência.
É horrível vê-los brotando como samambaias nas orelhas masculinas ou saindo como labaredas pretas pelo nariz. Sem minimizar as tantas e outras partes do corpo onde aparecem soberbamente sem pedir licença e atestando um  passado símio.
Definitivamente a prova cabal e inconteste da velhice é a presença daquele primeiro pêlo branco, seja ele no rosto ou ainda no extremo sul das partes íntimas mais conhecida como área pubiana.
Não dá para colorirmos o maldito; é o que podemos chamar de indefectível.
Clareando o argumento :
Lembro-me de uma "moçoila" lindamente montada com redondas próteses de silicone no peitoril, barriga esticada com um bueiro ao centro dando lugar ao que foi o umbigo, o  rosto contudo, colocava todo o empreendimento a nocaute, via-se descansando tranquilo e solene um pêlo branco em seu queixo esculpido a marteladas plásticas.
Que coisa! lá estava ele aterrorizando os anseios joviais da "moçoila".
Também os veteranos que mantém à tinta o ébano nos poucos fios de cabelo que os acompanham, são denunciados duramente por eles: os valentes pêlos brancos que insistem em aparecer nos sobrolhos e outras partes impublicáveis.
Enfim, não quero colocar pêlo no ovo de ninguém, mas ;
Pêlos para quê tê-los ?
 
 
 
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA




Hoje o dia amanheceu silencioso e meu coração se tornou um imenso estádio vazio, meus cabelos parecem papéis voando por entre as cadeiras. Não há mais a esperança do gol inesquecível e do gesto do jogador beija flor com as mãos no ar. Tudo que ficou é a lição de casa para ser bem feita com cuidado, paciência e determinação para realmente aprendermos.
A realidade que nos espera não é das mais fáceis e apenas o bom humor e a irreverência do brasileiro não pode resolver. É hora de colocarmos toda nossa alegria voltada para as devidas reformas, refletidas em questões de ordem social, econômica e política. O momento como acabamos de aprender vai precisar não só de improviso ou habilidade, carece sim de preparo, envolvimento, prática, técnica e fundamentalmente de ÉTICA.
Esperamos sim, um país de samba, carnaval, futebol e competência econômica, social e política. Por que não?
Esperamos a bola na rede, o feijão no prato, saúde no sorriso, educação para as cabeças, trabalho para os braços e dignidade nos corações da nossa gente.
Enfim, a COPA se foi e o grande  GOL começa agora com as devidas reflexões.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pílulas



Lexotan, Fluoxetina, Rivotril, etc...
Cabe aqui uma consideração prévia: Isso não é uma apologia aos medicamentos citados. Me perdoem aqueles que dedicam-se à uma vida médica e conhecem com mais profundidade o assunto, mas, como uma vez impaciente paciente não vou me furtar a expressar a minha opinião.
Para mim, sempre restará a dúvida quanto ao emprego desses recursos médicos, por outro lado, é bem verdade que quando procuramos um consultório queremos o imediatismo, a cura milagrosa, ou uma receita mágica escrita em forma de "inintelegíveis garatujas pré históricas" que nos afaste da tristeza.


Sua vida "parece" estar salvaguardada em uma pílula, parece que nada o atingirá, suas tristezas, seus anseios, suas verdades estarão afastadas, longe do enfrentamento
Um sono mentiroso, um relaxamento forçoso, seus pensamentos embotados. Que fique claro e ressalte-se que é um lenitivo para um curto espaço de tempo, onde cria-se a possibilidade de reorganizar as emoções e colocar a vida nos trilhos.
A questão deve ser minuciosamente tratada afastando a dúvida se existe um marcador biológico ou algo temporário (ainda que moroso).
O ser humano é naturalmente ansioso e instável emocionalmente. Não passamos pela vida sem acidentes, nada é linear nesse aspecto.
Penso hoje, que a orientação inicial deve ser pautada longe da medicamentosa com a propositura de outros recursos menos acorrentadores.
Esgotar diferentes esforços e medidas terapêuticas: atividade física, espiritualidade, terapia, massagens, hobbies, voluntariado e outras tantas ferramentas gratificantes e inspiradoras.
Ainda que com a administração correta e orientada por um profissional, resta sempre o medo, o preconceito, a vontade de jamais se fazer frágil diante do imponderável.
Enfim, antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, sossega-leão, não importa, são absolutamente necessários quando muito bem avaliado o binômio custo-benefício.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

"A TUA VIDA É AGORA E ELA NÃO PERDOA
ELA NÃO VAI ESPERAR VOCÊ SE RECUPERAR"
em uma tarde ensolarada do inverno de 2014.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

COMEÇO

Tudo deveria ser um começo.
O sopro divino de DEUS.



A vida em plenitude.
O nascer.
A constante energia movida pela descoberta; vivacidade; inovação; paixão; empolgação; curiosidade; surgimento; novidade e superação.
O começo é a coisa imane, vibrante, forte e poderosa.
Um BIG BANG pintando o infinito azul de luz.
Um eterno começo "sem meio sem tédio e sem fim"

segunda-feira, 21 de abril de 2014

21 de abril






A minha alma tá feliz !
Tô com sorte, saudável, afortunada, perfeita, amada e amando, inundada, plena, segura e grata.
Só não estou realizada e ainda não compreendo tudo porque assim teria chegado ao fim.
Alguma coisa, o mistério da vida permitiu que eu estivesse aqui.
Então agradeço da melhor forma:
V I V E N D O
É mais uma vez 21 de abril.
E é só.
E é tudo!
 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A FADINHA VERDE

 

Sim, eu conheço uma fadinha que tem um lindo sorriso vibrante que inunda a alma da gente.
Esse sorriso está riscado na pele alva por entre dois olhos de jabuticaba.
Seus cabelos dourados ficam pendurados reluzentes e ofuscam os olhos da gente.
Essa linda fadinha tem o toque da doçura e a gente fica encantado com tanta candura. 
No seu reino de belezas, castelos, príncipes e princesas, onde o céu é sempre azul e a mata sempre verde só há lugar para límpidos corações  é o que acha nossa fadinha.
Um dia a fadinha viu alguém tristinho e com sua magia brilhou um sorriso curativo e assim foi pela vida afora trazendo alegria e saúde até para os de fora.
No entanto, sob as asas da fadinha tinha um pózinho brilhante que voando esparramava  generosa por anda passava. O tal pózinho deixava a gente leve e feliz parecendo borboletas  suaves a flanar por aí.
E com tanta purpurina que a sapeca fadinha pintou o sol e por muitos dias o céu ganhou todas as cores do arco-íris e a gente não sabia se era noite ou se era dia.
Nesse encanto os passarinhos coitados cantavam  desavisados e ficaram tão cansados que dormiram sem parar e nunca mais se ouviu nenhum deles a cantar. Foi então que a fadinha percebeu que erro tinha e foi procurar o conselho da sua madrinha.
A  madrinha da fadinha disse que não tinha problema não, tudo estava bem, bastava a fadinha soprar para bem longe o pózinho e limpar o sol. A fadinha apressadinha vôou até o sol e soprou tudo para deixar bem limpinho.
Imediatamente o dia e a noite passaram a existir e a natureza agradeceu florindo tudo e se regozijando com a liberdade de todos os animais. Ah! sim os passarinhos despertaram e descansados cantavam como nunca.
Assim, a fadinha aprendeu que tudo na vida precisa de equilíbrio, nem muito, nem pouco, apenas o suficiente para tudo ser belo e feliz.
E o seu pózinho foi esparramado só para quem carecia de amor e carinho.
 

Para Manuella com amor da madrinha.


 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Só eu sei





Dos cinco sentidos
Só eu sei
Das minhas janelas só eu sei o que vejo
Meu nariz traduz odores, perfumes, pestilências, aromas assoprados que só eu sei
No ar sons alimentam meus ouvidos mas somente eu sei o que ouvi
A boca sente o gosto da minha vida toda
Calores e frios fluem pela pele tocada e só eu sei o que toquei
O que passa no silêncio da minha mente e no caos da minha alma só eu sei
Meu coração guarda a minha luz e a sombra
E só eu sei.






domingo, 9 de fevereiro de 2014

Mulher Nunca Inventou Nada



"Mulher nunca inventou nada", afirmava convicto e com um sorrisinho debochado. Era pura provocação...


Na verdade, pensei em revidar, mas pensando bem,  não consegui lembrar ou citar algo que pudesse preencher essa lacuna.
 
A mulher precede e transcende qualquer invenção, foi infinitamente além...
 
Gerou, manteve e desenvolveu o mais arrojado e inimaginado projeto de acordo com interesses e necessidades inumeráveis e inomináveis:
 
O Homem
 
que inventou "quase" tudo para facilitar a vida. Claro !!! Era tudo tão óbvio e genial.
 
Na esteira da história posso inferir com certeza que não foi o fogo que catapultou a espécie e sim o genêro feminino.
 
A mulher preservou a reprodução e na verdade tudo o que o homem fez depois foi certamente para garantir o conforto e facilidades desse "Mundo Melhor" inventado por eles.
 
Depois nós colorimos, aromatizamos e fizemos música, poesia e prosa, o arroz a maionese do churrasco, mas principalmente inspiramos o AMOR no coração do homo sapiens sapiens.
   
Enfim, a questão de gênero é terreno complexo e controverso, mas preservando o óbvio  em sua objetividade e assertividade: um completa o outro.
 
Está aí a minha resposta nobre parceiro.
Fim.