quarta-feira, 9 de novembro de 2016

MARGARIDAS







"vimos uma margarida
e nem sequer era primavera
e disseste que margarida era amarelo e branco
e eu disse que branco era paz
e disseste que amarelo era desespero
e dissemos quase juntos
que margarida era então desespero
cercado de paz por todos os lados."

Caio Fernando de Abreu


E eu disse indecisa que ela me faz feliz.
E para mim é o sol cercado de possibilidades por todos os lados
Bem me quer, mal me quer
Eu pego a margarida porque sempre quero sol.
Vou parar por aqui, sei não acho que vou continuar
Gosto e não gosto isso é ser margarida.
E assim vou nas idas e voltas da vida cercada por margaridas. M.A.A

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

NUDEZ




Nada é mais revelador do que o OLHAR.
O Eu desvendado sem segredos, sem mistério.
É o óbvio.
Está te olhando, você foi visto, não há como escapar.
É a prova cabal da tua ALMA .
OLHOS.
Gosto deles.
O Mundo está aqui, aqui mesmo dentro do OLHAR.
Cada olhar carrega suas singularidades.
O que eu vejo ninguém vê, esse é o Meu Mundo.

quinta-feira, 26 de maio de 2016




Acendo as Luzes
Está tudo bem
Não tenha medo
Quem me dera
Aí quem me dera
Trazer BOA NOITE aos Corações fora do ritmo





segunda-feira, 23 de maio de 2016

OUTONO





O Outono chega e nas gotas de chuva traz as folhas a cair.
Na sinfonia do Outono o tom das coisas que se deixam ir para na primavera voltar a sorrir.
Nessa estação de temperança onde o meio é a tônica, quero junto estar no único segredo do Outono onde o todo e o tudo se encontram.

MAA

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A MERDA ME REDIMIU







"Tudo é vaidade" Eclesiastes

Na manhã de Domingo já no primeiro piscar de olhos, lembrei da dor e do som que os lábios ressecados e velhos faziam.

Me levantei e rapidamente já alcançava as ruas silenciosas. Tinha uma missão ou acreditava que tinha.
Contudo, mal sabia do improvável que me aguardava.

O velho soldado continuava acamado, contorcendo-se em cólicas. Tristonha cena. 
Em vão, no hospital, busco ajuda médica. Ninguém nos corredores.
Volto ao quarto assolada pela minha impotência, indignada com minha inutilidade. Era preciso ajudá-lo, trazer um lenitivo, descarregar o fardo.

Num rompante de coragem, me vesti com luvas cirúrgicas, deixei o nojo e tantas outras bobagens do lado de fora e realizei. 
Quando enfiei o dedo no ânus e percebi que a empreitada bizarra e pretensiosa surtia resultados acompanhada de alívio e bem estar, fiquei feliz. Tudo literalmente passou a fluir.

O rosto combalido do velho soldado se recompunha esvaindo a careta de dor e o carmim coloriu a pele.
Enfim, a recompensa em forma fecal.

Então, Voltei para Casa Certa do Meu Lugar e da Minha Pequenez.



 abr/16

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

PEANUTS







Nossa !!! me lembrei de quanto gostava assistir os desenhos de Charlie Brown e sua turma. Nesse verão estive no cinema para revê-los na melhor companhia do mundo: o meu filho.
E tudo foi tão bom como há anos, nos divertimos muito com algo que parecia pertencer só ao meu passado.
Charlie, Lucy, Pat Pimentinha, Linus, Sally,  Schoreder, Snoopy,  Woodstock e claro Marcie.
Caramba, me esqueci como me identificava com essa turma tão eclética, vivendo em intensidade a infância bagunceira.
O pequeno Charlie mindoim  explodindo de sensibilidade diante das frustrações.
Espevitada e alegre tal Pat pimentinha.
Esperta, mas meio preguiçosa como Sally.
Encorajadora como o amigão Linus e pretensiosa quanto a Luci.
Introvertido e musical como Schoreder.

Leitora, "intelectual" e despojada como Marcie. Gosto dela.


Valente e atrevida como o nosso incansável piloto Snoopy e seu companheirinho Woodstock, o alter ego do inseguro Charlie Brown.
Ah !!! Charlie Brown !!! como pude esquecê-los ?
Que puxa Charlie....