"Tudo é vaidade" Eclesiastes
Na manhã de Domingo já no primeiro piscar de olhos, lembrei da dor e do som que os lábios ressecados e velhos faziam.
Me levantei e rapidamente já alcançava as ruas silenciosas. Tinha uma missão ou acreditava que tinha.
Contudo, mal sabia do improvável que me aguardava.
O velho soldado continuava acamado, contorcendo-se em cólicas. Tristonha cena.
Em vão, no hospital, busco ajuda médica. Ninguém nos corredores.
Volto ao quarto assolada pela minha impotência, indignada com minha inutilidade. Era preciso ajudá-lo, trazer um lenitivo, descarregar o fardo.
Num rompante de coragem, me vesti com luvas cirúrgicas, deixei o nojo e tantas outras bobagens do lado de fora e realizei.
Quando enfiei o dedo no ânus e percebi que a empreitada bizarra e pretensiosa surtia resultados acompanhada de alívio e bem estar, fiquei feliz. Tudo literalmente passou a fluir.
O rosto combalido do velho soldado se recompunha esvaindo a careta de dor e o carmim coloriu a pele.
Enfim, a recompensa em forma fecal.
Então, Voltei para Casa Certa do Meu Lugar e da Minha Pequenez.
abr/16
Velhos guerreiros, grandes soldados... Você trouxe ,cheia de sentimento e grandeza, o que é viver com plenitude a sublime fraternidade neste universo.(ZEY)
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