terça-feira, 28 de dezembro de 2010

TANGÃO


Acabo de comprar um tangão. Acho engraçado, afinal a não muito tempo atrás, caberiam duas de mim, mas fazer o quê, o negócio é encarar o novo layout.
Me recuso a me encapar em um maiô, porque não adianta nada, as banhinhas vão continuar lá e minha barriga ficará branca como um leitão, então vamos a la plaia de tangão. O negócio é ter charme, mas se ainda assim você se sentir constrangida nada que uma cervejinha não resolva. Pensei comigo: - Vamos lá, é férias, verão, sol , mar e tudo que eles podem te proporcionar gratuitamente. Não posso negar, sou brasileira. Gorditcha simpática sempre cola.
Quem sabe, passando as férias não desisto do sedentarismo e começo uma maneirada na ingesta? Não é uma promessa, afinal tenho prazer em apreciar novos sabores, todos aqueles que a vida me apresenta.
Não gosto de promessas, a maioria não se cumprem e são muito egoístas. Nunca fazemos uma promessa visando o bem do próximo. Existem algumas bem ridículas: vou deixar de comer pão (doe pães para alguém) vou deixar meu cabelo crescer (faça uma peruca e doe). Perde-se tempo, acumula-se frustrações.
Se há uma coisa que prezo por demais é minha liberdade. Não quero perder minha liberdade, meus pequenos prazeres, sendo vítima da ditadura da estética, também não vou me dar a exageros; somente fazer aquilo que posso e não traga nenhum dano a mim ou qualquer outro. Além das marcas do tempo na pele, a banha também conta muito da sua história. O fato é que hoje o meu tangão representa a minha história, antes tanguinha, agora o tangão, porque não?

domingo, 26 de dezembro de 2010

ESPECIAL 2011




Desejo que em 2011, os meus parentes, amigos e todos que de alguma forma estiveram ou estão comigo possam realizar todos seus sonhos de consumo; sonhos de amor; sonhos de toda sorte: magníficas mansões; carros maravilhosos; novos sabores; namorados lindos; ótimos empregos; viagens paradisíacas; menos dores; helicópteros; amores tranquilos; plásticas; perfumes; mais energia; esposas perfeitas; jatinhos; maridos incríveis; roupas de griffe; mais amigos; iates; corpos esguios mas principalmente não deixem de comemorar todos os dias de 2011, sem esquecer de partilhar comigo todas as suas conquistas.


De fato, no fundo do meu coração desejo á todos SAÚDE física, espiritual e mental.

Um verdadeiro abraço fraternal e até lá!!!!!

Que venha o touro!

Olé!!!!


domingo, 19 de dezembro de 2010

PALHAÇO


O MENINO NASCEU PALHAÇO.

DIRIAM ALGUNS, NASCEU MEIO FORA DO COMPASSO DA VIDA OU CHEGOU ADIANTADO COMO FOI SEU CASO OU ESTÁ ATRASADO, COISA DE PALHAÇO.

CHEGOU E ENCANTOU NÃO POR SUA BELEZA, SUA LUMINOSIDADE ESTAVA NO RISO, TAMBÉM NÃO NO RISO DELE E SIM NAQUELES EM QUE ELE FAZ SORRIR.

DESDE QUE CHEGOU COMEÇOU A FALAR, SE NÃO ME ENGANO ANTES DE ANDAR.

ALIÁS, ENGRAÇADO ERAM SEUS PEQUENOS PÉS ENVOLTOS NUMA SANDALINHA DE ELÁSTICO.

FOI CRESCENDO COMENDO "ARVRINHA" ( COUVE FLOR) E TOMANDO "SURCO" QUE SUA VOVÓ SEMPRE SOLÍCITA PREPARAVA.

TALVEZ, NO SUCO ESTIVESSE O GRANDE ELEMENTO QUE FEZ DELE O PALHAÇO.

O PALHAÇO NÃO É AQUELE SUJEITO EQUIVOCADO, É O LÚDICO MATERIALIZADO.

O FATO É QUE O PALHAÇO CRESCEU, FICOU GRANDE E FORTE E CONTRARIOU MUITA GENTE QUE NÃO ACREDITAVA NA FORÇA DO PALHAÇO.

COMO ? COMO? SER PALHAÇO?

DENTRO DO PALHAÇO HÁ UMA CHAMA QUE NÃO SE ENGANA.

TODO TEMPO, EM TODO LUGAR , EM TODAS AS ÉPOCAS SEMPRE HÁ DE EXISTIR O PALHAÇO, PORQUE TODOS TEMOS UM POUCO DELE E NÃO APENAS DE MÉDICOS E LOUCOS.

AO PALHAÇO SEMPRE O MELHOR DA VIDA: O SORRISO


PARA MIM, FIGURA ENIGMÁTICA O PALHAÇO, ORA SE ESCONDE ATRÁS DA MÁSCARA POR ESTAR TRISTE, ORA SE DESNUDA COLOCANDO SEU CORAÇÃO NAS MÃOS.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MEU CONTO DE NATAL


A noite de NATAL na minha casa não tinha essa aura religiosa como deve ter, mas havia muito mais que isso: AMOR EM FAMÍLIA. Uma família simples, de hábitos SIMPLES. Acredito que era uma grande felicidade para os meus pais, ainda que com algum esforço, realizar todos os nossos desejos de NATAL. É os pais são assim mesmo, só mudam de endereço....
E com toda a alegria dos meus olhos infantis,vou relembrar uma pequena parcela dessa festa.
Meu conto de Natal começa com uma árvore enorme que minha mãe montava todos os anos: era prateada e tinha bolas de vidro da cor maravilha.
A casa era toda preparada para o fim de ano, sempre com algumas pequenas reformas e renovações orquestradas pela MAMÃE.
Ela se esmerava na cozinha com os "nossos" tradicionais pratos de NATAL e dando aquele toque de beleza, aconchego e carinho na casa, coisa dela que de certa maneira, revelo que ainda tento precariamente manter.Logo que lançaram o Chester (a galinha mutante) no mercado, o velho e duro perú foi imediatamente substituído, é muito mais úmido, pelo menos eu acho.Os panetones eram caseiros e assados em latas de leite.
Quebrávamos as nozes e castanhas nas dobradiças das portas de casa, era uma das diversões do Natal. Quanto ao meu PAI, lembro-me dele caminhando comigo por sobre seus ombros, na rua de comércio da cidade, no meio daquela festiva multidão e eu felizzzz da vida, vendo tudo lá do alto e pronta para escolher o que quisesse.
Os presentes sempre foram muitos, mas sempre há aqueles que deixam “natalinas” lembranças, desses posso relembrar alguns que trouxeram muita farra lá em casa tanto para mim quanto para minha IRMÃ Estela.
Estela era bonequeira daquelas e minha mãe incentivava, já que também gostava muito das “meninas” de plástico, eu tinha um gosto mais...... digamos eclético. Dos presentes que ganhei me lembro com clareza: do gravador, onde passei a registrar todas as bobagens que passavam pela minha cabeça desde aquela época.
Um Mickey equilibrista, um fuscão vermelho de corda, uma caloizinha azul, uma tonkona azul da trol com rodas gigantes(show de bola,) mil Susys, contudo nunca dei muita bola para bonecas, mas enfim...Um forninho que fazia pizzas de bolachas com mussarela em cima, uma copa cozinha(de metal ) com pia de verdade e uma adorável janelinha amarela, panelinhas, xícaras, pratinhos, muitos jogos, quebra cabeças e sei lá mais o quê de tranqueiras. Vale lembrar que alguns dos meus objetos de desejo foram comprados na loja Nipon, nem existe mais.
Contudo,no Natal de 1985, as bolas cor maravilha se quebraram junto com tudo de bom que era o Natal. Restou nós três caminhando a pé para um restaurante perto de casa sem emitir uma palavra sequer, para comemorar o nosso Natal, agora mais triste.
A partir dali, provamos mais que nunca a felicidade de permanecermos juntos na adversidade, agora eu, papai e minha irmã e foi assim que chegamos até esse FELIZ NATAL!!!!!