sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MEU CONTO DE NATAL


A noite de NATAL na minha casa não tinha essa aura religiosa como deve ter, mas havia muito mais que isso: AMOR EM FAMÍLIA. Uma família simples, de hábitos SIMPLES. Acredito que era uma grande felicidade para os meus pais, ainda que com algum esforço, realizar todos os nossos desejos de NATAL. É os pais são assim mesmo, só mudam de endereço....
E com toda a alegria dos meus olhos infantis,vou relembrar uma pequena parcela dessa festa.
Meu conto de Natal começa com uma árvore enorme que minha mãe montava todos os anos: era prateada e tinha bolas de vidro da cor maravilha.
A casa era toda preparada para o fim de ano, sempre com algumas pequenas reformas e renovações orquestradas pela MAMÃE.
Ela se esmerava na cozinha com os "nossos" tradicionais pratos de NATAL e dando aquele toque de beleza, aconchego e carinho na casa, coisa dela que de certa maneira, revelo que ainda tento precariamente manter.Logo que lançaram o Chester (a galinha mutante) no mercado, o velho e duro perú foi imediatamente substituído, é muito mais úmido, pelo menos eu acho.Os panetones eram caseiros e assados em latas de leite.
Quebrávamos as nozes e castanhas nas dobradiças das portas de casa, era uma das diversões do Natal. Quanto ao meu PAI, lembro-me dele caminhando comigo por sobre seus ombros, na rua de comércio da cidade, no meio daquela festiva multidão e eu felizzzz da vida, vendo tudo lá do alto e pronta para escolher o que quisesse.
Os presentes sempre foram muitos, mas sempre há aqueles que deixam “natalinas” lembranças, desses posso relembrar alguns que trouxeram muita farra lá em casa tanto para mim quanto para minha IRMÃ Estela.
Estela era bonequeira daquelas e minha mãe incentivava, já que também gostava muito das “meninas” de plástico, eu tinha um gosto mais...... digamos eclético. Dos presentes que ganhei me lembro com clareza: do gravador, onde passei a registrar todas as bobagens que passavam pela minha cabeça desde aquela época.
Um Mickey equilibrista, um fuscão vermelho de corda, uma caloizinha azul, uma tonkona azul da trol com rodas gigantes(show de bola,) mil Susys, contudo nunca dei muita bola para bonecas, mas enfim...Um forninho que fazia pizzas de bolachas com mussarela em cima, uma copa cozinha(de metal ) com pia de verdade e uma adorável janelinha amarela, panelinhas, xícaras, pratinhos, muitos jogos, quebra cabeças e sei lá mais o quê de tranqueiras. Vale lembrar que alguns dos meus objetos de desejo foram comprados na loja Nipon, nem existe mais.
Contudo,no Natal de 1985, as bolas cor maravilha se quebraram junto com tudo de bom que era o Natal. Restou nós três caminhando a pé para um restaurante perto de casa sem emitir uma palavra sequer, para comemorar o nosso Natal, agora mais triste.
A partir dali, provamos mais que nunca a felicidade de permanecermos juntos na adversidade, agora eu, papai e minha irmã e foi assim que chegamos até esse FELIZ NATAL!!!!!

3 comentários:

  1. Prima queridaaa,como vc mesma disse no nosso último encontro que sempre reverenciou meus filhos e hj se superou na homenagem ao Marcinho.Meu muito obrigada,mais uma vez. Beijones.Prima Má.

    ResponderExcluir
  2. Nossa como me lembro da árvore de Natal da Tia Nita,aliás lembro de tudo daquela casa.Eu criança observava cada detalhe : as plantas,os passarinhos,o relógio cuco,o sofá verde lindo.Esmero só.Saudades da Dona Anna Pagliuca Achui,minha tia querida,guerreira como todos da família da Pagliuca.Beijos.Prima Marina.

    ResponderExcluir
  3. ... nada é por acaso... os cacos cor maravilha são agora um lindo mosaico, da mais profunda sabedoria, capaz de enfeitar todos os natais que hão de vir, preenchendo os espaços de quem puder,assim como eu, partilhar de seus momentos de Natal. Obrigada,amiga. (ZEY)

    ResponderExcluir