Há dias um assunto me chamou atenção: homens solitários. Até há pouco tempo, eu mantinha a convicta idéia de que só as mulheres padeciam desse mal contemporâneo.
As pessoas guardadas em suas próprias gavetas, dentro de seus armários ,em seus "bunkers" vestindo suas armaduras.
Descendo a escada do prédio (queimando calorias, se é que isso é possível) , onde moro, me deparei com um rapaz desses bem apessoados, convencionais do tipo pra casar. Bom, ele mora só, até aí normal.
O único indicativo que me fez pensar que a solidão não lhe agrada é que ele levava carinhosamente no braço seu cachorro de estimação.
Já tô sendo pretensiosa, (tão vendo?) mas creio que o homem, não o gênero, refiro-me á espécie é um ser social, embora nasça sózinho e parta dessa na mesma condição; SÓ.
Outro, também que faz parte do meu pequeno rol de conhecidos, é simpático do tipo boa praça mesmo, adora viajar, mas vive só e dia desses "meio breaco" confessou que a solidão o atropelou.
Ainda conheço sujeito do tipo intelectual, meio chatinho confesso, grande escriba, viajado e viajante, boa pinta que também como João Batista grita só no deserto.
Daqui do meu mundinho doméstico, cheguei a conclusão que:
Arre!! Caramba!! Talvez esteja na hora deles,os homens solitários, descascar suas vestes de cebola.E eu se estiver equivocada, me perdoem e voltarei com prazer e resignada à cozinha para descascar minhas próprias cebolas.
Oi despretenciosa! As vezes me sinto solitário. Mas a solidão é um estado de espirito, mesmo estando ao lado da pessoa que desejo estar posso me sentir só. Acredito que a solidão depende do solitário. Estar sozinho não pressupõe estar solitário e ser solitário não é necessariamente um mal. Acho ainda que a pessoa solitaria o é por estar desconectada do mundo e das suas nuances por perda de interesse ou por estar perdida em seus objetivos, sem ação. Bom, não quero ser pretencioso e vou parar por aqui e, seguindo a sua sensibilidade e correção, vou decascar as minhas cebolas pois, de fato, esta na hora de comerçarmos a faze-lo. Saudações de seu fã.
ResponderExcluirEu conheço bem de perto um sujeito assim. Meio chatinho e tudo mais...mas até que não é tão solitário assim, embora faça o tipo.
ResponderExcluirbjos
hehe Despretenciosa, é fato que os homens em si são assim mesmo, aliás, todos somos assim, vivemos em mundo onde "maldito é o homem que confia no homem", não podemos confiar em ninguêm, os cães podem ser otimos amigos nesse ponto de vista, o fato é que não existe mais o homem coletivo, o homem moderno é individualista, amplie um pouco a sua perspectiva e verá que as pessoas buscam cada vez mais o isolamento do que o agrupamanto. Há muitos anos o homem almejava largar a vida do campo e vir para a cidade, os valores familiares eram muito importantes, as pessoas dificilmente viviam sozinhas, eram mais solidárias, hoje se eu pudesse faria um planeta só para mim, hahahhahahha, o seu vizinho é um reflexo perfeito da sociedade moderna, o que não nos tocamos ainda é que quanto mais nos afastamos do proximo, mais perto estamos da nossa perdição, um progresso inreversivel que caminha com um regresso igualmente inreversivel.
ResponderExcluirSolidão é triste para mim. Sou casado há quase 20 anos, tenho uma linda filha e uma bela mulher. No entanto, a identidade de gênero delas, a quase total desatenção da minha mulher e o saco cheio de ouvir falar em roupa e cabelo levam à solidão em meio ao convívio cotidiano. Já puxei várias vezes o assunto com minha mulher para sairmos, para darmos uma volta, para deixar a filha com amigos uma vez por mês, mas ... nada. Sexo é coisa do passado. Já perguntei à minha mulher se ela quer relacionamento aberto, se não gosta de sexo comigo, perguntei se a trato mal, etc., mas ... nada. Acho que ela é frustrada com ela mesma, sobretudo em termos profissionais. Estudamos juntos na época da universidade, mas fui muito mais longe na carreira, o que é duro para ela conviver sem olhar para si mesma e ver a escolha errada ue fez. Não foi por causa da maternidade, pois tivemos filhos depois de quase 15 anos juntos. Realmente, não sei o que fazer. Não quero amante, adoro minha filha e a vida em família, mas, confesso, me sinto só. Não preciso de minha mulher para nada, em termos das atividades domésticas e financeiramente, só afetivamente, mas isso ela não é capaz de dar.
ResponderExcluirA solidão me acometeu por completo. Eu era do tipo que tinha vários amigos, uma namorada legal. Depois o tempo passou, os amigos sumiram, a namora me deixou. Até um ano depois, estava voando a liberdade em bares com libertinagem a copos cheios. Eu, me encontrei com o eu Bohemio, que feliz estava juntos com as devassas a noite de uma São Paulo noturno. O tempo passou, e isso já não me preenchia mais. Tentei ser um bom moça em busca de uma boa moça. Tentativas fracassadas. Tentei de tudo mesmo. Parece que eu tinha perdido o jeito da coisa, de como conquistar uma mulher. Juntando tudo isso, e meus envolvimentos com acesso de bebidas, cigarros, morar só por muito tempo, me trouxeram a depressão. Digo que hoje, não me importo com quase nada, e meio que nada faz sentido. Os lazeres se tornaram bares velhos, cinemas, ou ficar em casa se embriagando e fumando o final de semana inteiro. A frustração é grande, mas tentar algo novo da preguiça, da medo e receio. Hoje são preferiveis os homens que podem oferecer bom estatus social, vida financeira estável, que seja esteticamente dentro dos padrões das redes social e que não tenha - de jeito nenhum - problemas de saúde mental. A questão é: ninguém liga... Ninguém se importa quando você não tudo isso. Eu prefiro mil vezes estar esqueci pelo tempo, do que tentar ser essa nova demanda da sociedade feminina.
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