Quero me recostar. Imagino uma árvore, mas não uma árvore qualquer. Uma grande árvore solitária sobre uma colina, emanando fortaleza e mansidão. Abrindo libertária seus galhos e farfalhando folhas nos meus ouvidos. Descanso.
Venho empreendendo um certo esforço em manter vivas as poucas plantas que tenho. Mirradas, equilibram-se dentro do vaso, acaba parecendo que cuido apenas de terra.
Teimosa, sei que as minhas mãos ficam confortáveis apenas na água. Penso, quem sabe, se algas marinhas não floresciam melhor. Abandonei a idéia da árvore.Montei um aquário.
No jogo me sinto sempre um lateral, correndo além das pernas, ganho para o artilheiro banheirista que fica com o gol, a glória e principalmente a acalorada onda de som da torcida. Impagável. De fato, meu marketing pessoal anda em baixa, um aqui, outro acolá, acolhe meu esforço, mas é só. Agora jogo conversa fora.
Organizo palavras para fazer graça, distrair a mente, passa tempo.
O livro, tenho certeza, que todas as histórias já foram escritas,lidas, mas surpresa, descubro que ler e escrever, como na prática didática, se renova e cria-se no dia a dia e de diversas maneiras.
"Acordamos lendo o mundo e reescrevendo da forma como o compreendemos" Não estou bem certa, nem quanto ao autor muito menos ainda quanto ao teor, acredito que a citação é de Paulo Freire, bom se ele não disse assim, ao menos eu entendi dessa forma e é exatamente isso que importa.
Então, não recuo, a idéia permanece aqui, despretensiosa, agora em forma de blog.