Existem algumas coisas que uma jovem senhora, como eu, deve manter no esquecimento. Mesmo assim, algumas passagens da adolescência, que vivi ao lado das minhas companheiras na Guerra e na Paz merecem ser revividas. Paixões avassaladoras, depressões abissais e segredos inconfessáveis compartilhados intensamente entre nós.
Ceci, a meiga portuguesinha branquela, pé de santo, todo mundo chegava e dava um beijinho e Dinah a magrelinha engajada, brasa encoberta sempre acompanhada de um cabeludinho intelectual.
Aliás, todo o namoradinho que elas arrumavam, eu acabava de alguma forma sendo vítima das malfadadas baladas como podem ler.
Na volta das noites brilhantes e agitadas e outras nem tanto, Cecília sempre que podia optava em comer, enquanto Dinah e eu, nos apressávamos em tomar banho.(as magrelinhas, comer pra quê, né?)
Andávamos juntas pelas ruas, festas, bares, algumas viagens e “pasmem”: Centenas de paqueras em nossos corações de eterno flerte; garupa de moto; leituras, teatro e cinema alternativo.
Além do universo acadêmico que imaturamente aos 17 anos já fazia parte da nossa rotina; transitamos por dezenas de lugares e eventos bem característicos da época.
A grana era curta, mas a agenda...Agenda cheia de segunda à segunda, com chuva ou sol, frio ou calor, lá estávamos nós três Mosqueteiras: uma por todas e todas por uma.
Sesc Pompéia com a Fábrica do Som onde foram revelados grandes nomes do rock nacional(barão vermelho; cazuza; titãs); Queen no Brazil (1º show internacional de rock no Brasil) Show do Raul Seixas no Palmeiras; Reencontro do festival de Águas Claras; dançamos no Radar Tantã; Clash; Rose Bombom; Madame Satã e outros;
Caminhamos pelo bexiga na 13 de maio e em Santo André na Feirinha hippye; Zero Hora; Sorveteria Sem Nome; e onde mais havia festa e gente pra trocar um furado. Sem contar coisas que já não lembro mais, infelizmente...
Bom, teve uma vez que havíamos combinado com a galerinha (uns trinta micróbios) de fazermos trilha em Paranapiacaba (área de preservação de Santo André), enchemos um vagão de trem e fomos felizes até nosso destino.
A Dinah havia arrumado um namoradinho e não sei por que cargas dágua, a roupa de banho do menino foi parar na minha mochila. Foi o suficiente para uma verdadeira hecatombe doméstica, minha mãe que não aliviava em nada, pegou pesado falando uma série de coisas desabonadoras sobre a minha já arregimentada moral, acabei mal sem chance de explicar que o calção era de um amigo.
Aprendi que não se deve julgar, embora todas as provas apontassem contra mim.
Hoje, após 2 décadas, onde a liberdade foi substituída por responsabilidade e cabelos escuros por brancos, resistimos em nossa cumplicidade ainda que claudicante os eventos.
Ceci, a meiga portuguesinha branquela, pé de santo, todo mundo chegava e dava um beijinho e Dinah a magrelinha engajada, brasa encoberta sempre acompanhada de um cabeludinho intelectual.
Aliás, todo o namoradinho que elas arrumavam, eu acabava de alguma forma sendo vítima das malfadadas baladas como podem ler.
Na volta das noites brilhantes e agitadas e outras nem tanto, Cecília sempre que podia optava em comer, enquanto Dinah e eu, nos apressávamos em tomar banho.(as magrelinhas, comer pra quê, né?)
Andávamos juntas pelas ruas, festas, bares, algumas viagens e “pasmem”: Centenas de paqueras em nossos corações de eterno flerte; garupa de moto; leituras, teatro e cinema alternativo.
Além do universo acadêmico que imaturamente aos 17 anos já fazia parte da nossa rotina; transitamos por dezenas de lugares e eventos bem característicos da época.
A grana era curta, mas a agenda...Agenda cheia de segunda à segunda, com chuva ou sol, frio ou calor, lá estávamos nós três Mosqueteiras: uma por todas e todas por uma.
Sesc Pompéia com a Fábrica do Som onde foram revelados grandes nomes do rock nacional(barão vermelho; cazuza; titãs); Queen no Brazil (1º show internacional de rock no Brasil) Show do Raul Seixas no Palmeiras; Reencontro do festival de Águas Claras; dançamos no Radar Tantã; Clash; Rose Bombom; Madame Satã e outros;
Caminhamos pelo bexiga na 13 de maio e em Santo André na Feirinha hippye; Zero Hora; Sorveteria Sem Nome; e onde mais havia festa e gente pra trocar um furado. Sem contar coisas que já não lembro mais, infelizmente...
Bom, teve uma vez que havíamos combinado com a galerinha (uns trinta micróbios) de fazermos trilha em Paranapiacaba (área de preservação de Santo André), enchemos um vagão de trem e fomos felizes até nosso destino.
A Dinah havia arrumado um namoradinho e não sei por que cargas dágua, a roupa de banho do menino foi parar na minha mochila. Foi o suficiente para uma verdadeira hecatombe doméstica, minha mãe que não aliviava em nada, pegou pesado falando uma série de coisas desabonadoras sobre a minha já arregimentada moral, acabei mal sem chance de explicar que o calção era de um amigo.
Aprendi que não se deve julgar, embora todas as provas apontassem contra mim.
Hoje, após 2 décadas, onde a liberdade foi substituída por responsabilidade e cabelos escuros por brancos, resistimos em nossa cumplicidade ainda que claudicante os eventos.
Afinal, uma vez mosqueteira sempre mosqueteira.